Caso você seja um empresário, gestor ou estudante de administração, é importante que entenda a importância da gestão de custos na sua empresa. 

Afinal, sem uma boa gestão de custos, poderá desperdiçar dinheiro e recursos que poderiam ser usados de maneira mais eficiente.

Neste artigo, será explorado tudo o que precisa saber sobre gestão de custos, desde a identificação e classificação de preços até a redução de valores e o monitoramento e controle deles.

gestão de custos

Identificação e Classificação para gestão de custos

O primeiro passo para uma boa gestão de custos é identificar e classificar os diferentes tipos de valores. Eles podem ser classificados de várias maneiras, mas as três categorias mais comuns são:

Custos fixos e variáveis

Os custos fixos são aqueles que não mudam independentemente do volume de produção ou vendas. Sendo assim, eles incluem pontos, como: 

  • Aluguel;
  • Salários;
  • Seguros; 
  • Outros valores. 

Já os custos variáveis são aqueles que mudam de acordo com o volume de produção ou consumos. Eles incluem matérias-primas, mão de obra direta e comissões de vendas, entre outros.

Custos diretos e indiretos

Os custos diretos são aqueles que podem ser diretamente associados a um produto ou serviço. Por exemplo, o valor das matérias-primas usadas na produção de um item é um investimento direto.

Já os custos indiretos são aqueles que não podem ser diretamente associados a um produto ou serviço. Por exemplo, o valor da eletricidade usada na fábrica é um preço indireto.

Custos de produção e não produção

Os custos de produção são aqueles associados à fabricação de um produto. Eles incluem os das matérias-primas, mão de obra direta, aluguel da fábrica e outros relacionados à elaboração.

Já os custos de não produção são aqueles associados às operações da empresa que não estão diretamente relacionadas ao estabelecimento. 

Eles incluem despesas administrativas, de vendas e marketing e outros custos que não estão diretamente ligados à produção.

Métodos de Custeio para sua gestão de custos

Depois de identificar e classificar os custos, é hora de escolher um método de custeio para alocar esses valores aos produtos ou serviços da empresa. Os três preceitos mais comuns são:

Custeio por absorção

O custeio por absorção aloca todos os custos de produção (fixos e variáveis) aos itens fabricados. Isso inclui não apenas os valores diretos, como matérias-primas e mão de obra direta, mas também os indiretos, como aluguel e depreciação da fábrica.

Custeio Variável

O custeio variável, também conhecido como o direto, é um método de gestão que considera apenas as alterações das partes integrantes do processo produtivo. 

Ou seja, apenas os custos que variam de acordo com a produção ou venda de determinado produto são contabilizados.

Com esse método, é possível entender de forma mais clara como os custos estão distribuídos na empresa e, consequentemente, tomar decisões mais assertivas. 

Além disso, o custeio variável permite que a empresa tenha um melhor controle sobre os custos, evitando surpresas no momento de apurar o resultado. Dentre as principais vantagens desse subsídio, podemos destacar:

  • Melhor compreensão dos custos fixos e variáveis;
  • Mais agilidade na tomada de decisões;
  • Maior precisão no cálculo do preço de venda;
  • Melhor controle sobre os custos.

Por outro lado, é importante destacar que o custeio variável não considera todos os custos da empresa, uma vez que apenas os valores instáveis são contabilizados. Sendo assim, é necessário complementar o método com outras ferramentas dessa análise.

Margem de contribuição na gestão de custos

A margem de contribuição é um indicador importante para a gestão de custos, uma vez que permite entender qual é o resultado de lucro que a empresa obtém a partir da venda de determinado produto. 

A margem de contribuição é medida a partir da diferença entre o preço de venda e os valores variáveis.

Esse indicador é fundamental para a tomada de decisões sobre o preço de venda, uma vez que permite entender qual é o valor mínimo que a empresa precisa cobrar para cobrir os custos variáveis e obter lucro. 

Além disso, a margem de contribuição é importante para a análise do ponto de equilíbrio da empresa, ou seja, o volume mínimo de vendas necessário para que a empresa cubra todos os seus custos.

Ponto de equilíbrio

O ponto de equilíbrio é o volume de vendas necessário para que a empresa cubra todos os seus custos, ou seja, é o ponto em que a companhia não tem lucro nem prejuízo. 

Esse indicador é importante para a gestão de custos, uma vez que permite entender qual é o volume mínimo de vendas necessário para que a empresa seja rentável.

Para calcular o ponto de equilíbrio, é necessário considerar os custos fixos e variáveis da empresa, além da margem de contribuição. 

Dessa forma, é possível entender qual é o volume mínimo de vendas necessário para que a empresa cubra todos os seus custos e comece a obter lucro.

Análise de rentabilidade

A análise de rentabilidade é outra ferramenta essencial na gestão de custos. Ela é utilizada para verificar a relação entre os valores e as receitas da empresa, permitindo identificar se um produto ou serviço está sendo lucrativo ou não. 

Dessa forma, é possível tomar decisões estratégicas para melhorar a rentabilidade da empresa. Para realizar essa análise, é preciso calcular o lucro de cada produto ou serviço oferecido pela companhia. 

Esse cálculo é feito subtraindo-se os custos variáveis e fixos da receita gerada por cada produto ou serviço. Assim, é possível verificar qual é o lucro líquido de cada item vendido.

A partir dessa análise, é possível identificar quais produtos ou serviços estão gerando mais lucro para a empresa e quais estão gerando prejuízo. 

Com essas informações, a empresa pode tomar decisões para aumentar a rentabilidade, como reduzir custos, aumentar preços ou descontinuar produtos ou serviços que não estão sendo lucrativos.

Custo-padrão

Outra ferramenta importante para a gestão de valores é o custo-padrão. Ele consiste em estabelecer um valor médio para a produção de cada produto ou serviço oferecido pela empresa, levando em consideração todos os preços envolvidos no processo.

O custo-padrão é importante porque permite que a empresa tenha um parâmetro para comparar seus valores reais com os esperados. 

Dessa forma, é possível identificar desvios e tomar medidas para corrigi-los, melhorando a eficiência da produção e reduzindo os custos.

Para estabelecer o custo-padrão, é preciso levar em consideração todos os que estão envolvidos na produção, como matérias-primas, mão de obra, custos indiretos e outros que estão fixos. 

É importante também considerar os volumes de produção esperados para cada produto ou serviço, já que isso pode influenciar os custos.

Com o custo-padrão estabelecido, a empresa pode realizar a comparação entre os valores reais e os que são esperados, identificando as diferenças e tomando medidas para corrigi-las imediatamente.

Entenda mais sobre a gestão de custos

A gestão de custos é uma atividade essencial para qualquer empresa que deseja garantir a sua saúde financeira e sustentabilidade no mercado. 

Controlar e analisar os custos da empresa permite identificar possíveis desperdícios, avaliar a rentabilidade dos produtos e serviços oferecidos, direcionar os investimentos para áreas mais rentáveis e elaborar estratégias de marketing mais eficientes.

Por isso, é fundamental que a gestão de custos seja realizada de forma sistemática e com o uso de ferramentas e métodos adequados, que permitam coletar e analisar os dados de forma precisa e confiável. 

Com uma gestão de custos eficiente, a empresa pode tomar decisões mais assertivas e garantir um futuro mais promissor e rentável.Dessa maneira, para uma maior compreensão acerca de todos esses pontos, é possível realizar um curso de Gestão Financeira.