Quando se trata de conforto e urbanismo e planejamento urbano, muitas ideias giram em torno das metrópoles e megalópoles. Como tornamos esse espaço melhor? Essa questão, apesar de antiga, ainda é recorrente e sempre aparece nos mais variados debates. Recentemente, as discussões sobre cidades inteligentes estão em alta.
Os debates constantes sempre levam a um raciocínio semelhante: cidades globais e inteligentes são, hoje, uma tendência dessas que vieram para ficar.
A cada período da história há a necessidade de pensarmos as cidades, em função da praticidade, organização, mobilidade e funcionalidade, conforme às pessoas que frequentam e/ou moram e, portanto, sentem a necessidade de transformar os espaços em busca de qualidade de vida e bem-estar.
Todas as cidades passam por transformações?
Sim, todas as cidades são cotidianamente transformadas, independentemente da condição do desenvolvimento urbano.
Não se pode deixar de observar que em algumas cidades o ritmo de desenvolvimento é maior comparado às outras, mas todas – cada qual ao seu modo – se transformam e se desenvolvem singularmente.
Podemos dizer que o primeiro fenômeno monumental de transformação das cidades, com vistas ao crescimento e desenvolvimento, aconteceu no século XIX, após as Revoluções Francesa e a Revolução Industrial. Foi com o desenvolvimento das indústrias que as cidades passaram a ver as primeiras grandes mudanças.
A industrialização promoveu a transformação do modo de produção. Houve uma mudança significativa do modo de produção agrário para o industrial.
Essa mudança, de economia primordialmente agrária para meios industriais, foi determinante para as cidades, pois gera um fluxo migratório do campo para os centros urbanos.
Pensando desta forma, devemos considerar que os centros urbanos são aqueles espaços, ou aquelas cidades, que desenvolvem as indústrias.
Assim, passa a ser possível analisar que as cidades industrializadas possuem um ritmo mais acelerado de desenvolvimento, pois concentram mais renda, empregos e, consequentemente, geram mais riquezas. Por sua vez, a abundância promove também o maior desenvolvimento tecnológico.
Não podemos esquecer que há também o outro lado desse desenvolvimento: as cidades mais desenvolvidas também são caracterizadas por terem a maior concentração de desigualdade, pobreza etc.
As cidades desenvolvidas, urbanizadas, são então caracterizadas pelo desenvolvimento tecnológico e maior densidade populacional, o que traz para a discussão pontos como:
- Superpopulação;
- Valores elevados para moradia;
- Poluição sonora;
- Falta de espaços verdes.
Contudo, podemos pensar que as grandes cidades possuem também os maiores centros de saúde, educação, trabalho, lazer e, às diferentes formas de acesso aos bens e serviços. Metrópoles acabam tentando combater determinados problemas, aprimorando aquilo que pode auxiliar no futuro.
Essas cidades estão em todos os países e possuem características comuns, que as fazem globais.
As cidades globalizadas são uma realidade e compartilham mais que costumes e hábitos, mas ideias de desenvolvimento e crescimento.
As cidades inteligentes estão nesse conjunto de ideias das cidades globalizadas.
Por que as cidades devem ser inteligentes?
Antes de mais nada, a ideia de cidades inteligentes é uma grande inovação, pois entende que os espaços urbanos precisam ser acessíveis, compreendendo a diversidade e as necessidades de cada local.
A cidade inteligente mistura o desenvolvimento do local junto com o global. Ter características globalizadas, respeitando os limites e necessidades próprias. Isso gira em torno de adaptar os ambientes metropolitanos para termos espaços em que todos possam conviver de forma mais equitativa.
Assim como, as cidades inteligentes, ou aquelas que buscam essa inteligência, são locais que planejam seu desenvolvimento, com foco em resultados e ações que determinem a efetividade dessas propostas, ou seja, possuem um planejamento urbano efetivo.
Desse modo, o planejamento urbano é essencial para que tenhamos o desenvolvimento e a efetivação das cidades inteligentes. Planejar é, entre outras ações, pensar nas diferentes formas de observar a concretização das necessidades da cidade, com objetivo de melhorias e crescimento para todos os moradores e frequentadores.
O planejamento urbano é um importante instrumento para a implantação de cidades inteligentes.
É no planejamento que devem estar previstos todos os processos necessários, incluindo o orçamento para as transformações dos espaços que vão proporcionar maior desenvolvimento tecnológico, inclusão, acessibilidade, mobilidade, integração, participação social e qualidade de vida.
A relevância da gestão de serviços públicos para cidades inteligentes
Além das ações do planejamento urbano, é essencial lembrarmos da gestão de todos esses processos.
A gestão, tanto dos serviços públicos quanto privados, são os pontos centrais para termos a efetividade do desenvolvimento das cidades inteligentes.
A gestão focada no planejamento é a que terá sucesso na implantação das mudanças das cidades. São essas alterações que vão transformar o ambiente urbano e, por consequência, a vida de muitas pessoas.
A gestão urbana das cidades inteligentes é também a gestão inteligente dos recursos públicos e privados.
As cidades são organismos vivos, compostas por pessoas, são os indivíduos que promovem as transformações dos espaços urbanos. Por meio de gestão de ações inteligentes conectadas com o mundo globalizado. Então, tem a preocupação de termos locais com uma atmosfera amigável para oferecer a criatividade e qualidade de vida ao coletivo..
Assim, compreender a importância do planejamento urbano e da gestão é, hoje, a prática profissional mais importante quando falamos de desenvolvimento das cidades.
Portanto, o gestor inteligente, consciente e bem-informado é aquele que vai transformar as cidades comuns. Dessa forma, os parques industriais, em cidades inteligentes; os espaços urbanos em ambientes criativos e acessíveis para toda população.
Gestor de cidades inteligentes é, sem dúvidas, a profissão do momento e do futuro, pois é apenas com o desenvolvimento de ambientes democráticos, avançado e livre, que vamos ter também a evolução urbana, para fazer florescer uma cidade globalizada.
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